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Estrutura Ecológica

A Estrutura Ecológica Municipal (EEM) representa uma figura de planeamento municipal, cuja delimitação em Plano Diretor Municipal (PDM) se tornou obrigatória desde 1999 com a aprovação do DL nº 380/99.


A EEM do Porto, que tem a coordenação científica do CIBIO (Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto), está atualmente em atualização no âmbito do processo de revisão do PDM e tem como expectativas principais:

  • Preservar e promover as componentes ecológicas e ambientais do território do concelho
  • Dotar a Cidade de uma infraestrutura verde que constitua um instrumento eficaz para promover a adaptação do território municipal às alterações climáticas
  • Aumentar o número e a área de espaços verdes de uso público, mas também espaços dominados por habitats ricos e diversos que providenciem serviços de ecossistemas
  • Proteger e conservar as grandes árvores pela sua idade, singularidade, importância iconográfica e sensorial, e principalmente por constituírem nichos ecológicos responsáveis por inesperada e pouco conhecida biodiversidade
  • Criar condições para que os espaços verdes possam evoluir para um modelo simultaneamente interessante para a biodiversidade urbana e para o uso humano
  • Promover a conectividade entre os espaços naturais e os espaços verdes urbanos, através de corredores ecológicos, articulados com usos e funções de recreio e o desenvolvimento de atividade física
  • Delimitar, salvaguardar e promover o potencial do sistema húmido, como elemento-chave de sustentabilidade e coesão da paisagem.

 

No PDM da cidade do Porto fazem parte integrante da EEM, entre outros, as seguintes componentes relevantes:

  • Áreas integradas na estrutura verde da cidade, designadamente Parques Urbanos e Jardins de utilização pública, áreas associadas a enquadramento de arruamentos, áreas verdes privadas a salvaguardar, áreas de logradouro, ou conjunto vegetais qualificados;
  • Áreas de sobreiros;
  • Linhas de água (incluindo troços a céu aberto e entubados), bem como as bacias de retenção existentes e propostas;
  • Áreas inundáveis ou ameaçadas pelas cheias;
  • Áreas de aluvião, que correspondem a depósitos fluviais de elevada permeabilidade que ocupam os vales de pequenos rios e ribeiros e constituem o sistema húmido que garante funcionamento do ciclo urbano da água;
  • Áreas declivosas, que compreendem espaços de declive muito acentuado com presença evidente de afloramentos rochosos, ou com instabilidade geotécnica e inseridas em tecidos urbanos pouco edificados;
  • Praias, sapais e zonas naturais sujeitas às variações de marés, incluindo afloramentos rochosos de reconhecido valor didático-científico (geomonumentos).


 Para mais informação sobre os documentos que suportam o processo de revisão do PDM: https://www.cm-porto.pt/caracterizacao-e-diagnostico