Os projetos que o Município tem em curso com vista à promoção da biodiversidade focam-se sobretudo na criação e melhoria de habitats e combate a espécies exóticas. Conheça alguns.
MoRe Porto - Monitorização e Restauro da Biodiversidade das Zonas Húmidas da Cidade do Porto
O MoRe Porto - Monitorização e Restauro da Biodiversidade das Zonas Húmidas da Cidade do Porto é um projeto promovido pelo CIIMAR, financiado pela Fundação Belmiro de Azevedo e que tem como principal parceiro estratégico a Câmara Municipal do Porto.
O More Porto tem como objetivos:
- Mapeamento e caracterização das Zonas Húmidas (Espécies emblemáticas e indicadoras de qualidade do ecossistema; Identificação morfológica e molecular; Estado de conservação e ameaças;
- Restauro e criação de novas massas de água com recurso a soluções baseadas na natureza;
- Recuperação da biodiversidade e otimização os serviços de ecossistema.
Este projeto inclui a formação teórico-prática de meia centena colaboradores do Departamento Municipal de Estrutura Verde e Gestão Infraestruturas, para aquisição de conhecimento e competências que permitam a correta gestão e manutenção das massas de água da cidade. Cerca de vinte técnicos do Departamento Municipal de Planeamento e Gestão Ambiental também tiveram formação no âmbito deste projeto, mas mais orientada para a educação ambiental e para a gestão de projetos.
O More Porto também abarca o desenvolvimento de ações de educação e sensibilização sobre valor das Zonas Húmidas e a sua biodiversidade, com escolas locais e com a população em geral.
Viveiro de árvores e arbustos autóctones
Localizado no Viveiro Municipal do Porto, o projeto Viveiro de Árvores e Arbustos Autóctones do FUTURO tem como objetivo a produção de árvores e arbustos autóctones que são utilizados nos projetos de promoção da biodiversidade na cidade do Porto e em ações de reabilitação ecológica no âmbito do FUTURO – projeto das 100.000 árvores na Área Metropolitana do Porto. Entre 2014-2019 foram produzidas cerca de 75.000 árvores nativas.
Monitorização da vespa-asiática
O Município do Porto tem em curso um programa de monitorização e destruição de ninhos de vespa asiática (Vespa velutina), que é uma espécie exótica predadora da abelha europeia e, portanto, constitui uma ameaça à biodiversidade e a alguns setores económicos, nomeadamente o da produção de mel e o da produção de frutas, já que a existência dos frutos depende das abelhas (polinizam as flores).
Biodiversidade no rio Tinto
O projeto de despoluição e requalificação das margens do rio Tinto permitiu a duplicação da área do Parque Oriental de 9 para 20 hectares e a criação de novos habitats para vertebrados, tendo já sido detetada a presença de peixes e anfíbios. A monitorização regular da fauna do rio Tinto é uma das ambições do Município para os próximos anos.
Rede de biospots do Porto
Com o objetivo promover a biodiversidade, os serviços dos ecossistemas, a adaptação às alterações climáticas e a amenização paisagística, o programa Rede de Biospots visa plantar espécies nativas e regionais em terrenos expectantes, sem capacidade de edificação ou associados a eixos de circulação principal (nós, taludes, etc.).
Eliminação do uso de pesticidas químicos
Em 2015 o Município do Porto, consciente do risco do glifosato para a saúde dos ecossistemas e humana, baniu o uso deste pesticida químico no controlo das (injustamente) designadas “ervas daninhas”.