Para o Município do Porto a educação para a sustentabilidade é uma ferramenta para envolver as pessoas no processo de transição para uma cidade mais sustentável e, no essencial, mudar comportamentos com a expectativa de que estes possam ter efeitos geracionais.

O Município do Porto entende que os problemas ambientais persistem porque há ainda um desfasamento entre a forma como a Natureza funciona e a forma como as pessoas pensam (e consequentemente atuam). E esse nivelamento é fundamental.

Com as atividades de educação ambiental desenvolvidas pelo Município do Porto pretende-se que as pessoas possam:

• compreender os processos ambientais
• desenvolver inquietações de sustentabilidade e uma consciência ambiental coletiva
• conhecer soluções e opções
• adquirir competências que sejam importantes no seu dia-a-dia
• sentir o que se pode aprender na e com a Natureza, sentindo prazer com este contacto
• ter oportunidade de colaborar em ações concretas e com consequências positivas à sua volta

A atividade da educação para a sustentabilidade desenvolvida pelo Município do Porto remonta aos anos 90. Nessa altura foi realizado um forte investimento no trabalho de promoção da separação seletiva de resíduos, fruto da necessidade de resposta às diretrizes nacionais. Em 1997 foi criada a Horta Pedagógica do Covelo, pioneira a nível nacional, que ainda hoje acolhe milhares de crianças e jovens por ano, para cultivar alimentos em modo biológico e conhecer os ciclos da Natureza.

A equipa de educação para a sustentabilidade foi crescendo e os equipamentos disponíveis também, estabelecendo-se em 2005 uma primeira rede de três Centros de Educação para a Sustentabilidade (CE.ES) que hoje conta com cinco equipamentos, que trabalham anualmente com 50.000 pessoas.

Nestes CE.ES desenvolvem-se, diariamente, mais de vinte oficinas que versam a maior parte das temáticas ambientais, de acesso gratuito, bem como um programa especial de oficinas sazonais (disponíveis nos períodos de férias letivas). Existem duas Hortas Pedagógicas em contínuo funcionamento (Covelo e Núcleo Rural do Parque da Cidade) e desenvolvem-se igualmente atividades para adultos e para famílias, como o Ambiente em Família.

Mais recentemente foi lançado o Programa Virtual de Educação Ambiental, que usa a internet como forma de levar conteúdos, experiências e aprendizagens a todos os interessados.

De modo a expandir a capacidade de intervenção da equipa municipal são estabelecidas parcerias várias, como com a Agência de Energia do Porto (projeto “À Velocidade do Sol” ou a “Semana da Energia e do Ambiente”); com o CRE.Porto (“FUTURO – projeto das 100.000 árvores na Área Metropolitana do Porto” e projeto “A Natureza é a melhor sala de aula”), com a associação Moving Cause (Festival anual de Ambiente e Sustentabilidade “Cidade Mais”), com a empresa municipal “Águas do Porto” na colaboração de algumas atividades no âmbito da Bandeira Azul, entre outras.

Atualmente, a estratégia e ação estão a ser revistas de modo que a educação ambiental no Porto:

• seja cada vez mais educação-ação
• seja inclusiva (para todos)
• se alinhe cada vez mais com a estratégia do Município, centrada nas metas de circularidade, de promoção do património natural, da descarbonização e adaptação às alterações climáticas, de implementação de soluções baseadas na Natureza.
• dê um salto qualitativo em termos de rigor dos conteúdos e métodos (adequados a cada público)
• potencie a tecnologia ao dispor da maioria dos cidadãos (ex. aplicações para telemóvel, plataformas tecnológicas, recursos online, ferramentas de interação ao vivo
• parta também do exemplo e da ação concreta do Município do Porto.